domingo, 24 de novembro de 2024

Otto as coisas da vida e tentar sempre fazer o que pode…

 

Ainda me lembro bem quando vi o pôster de “O pior vizinho do mundo”. Fã do Tom Hanks ensaiei, namorei, ensaiei mais e acabei não indo curtir na telona o filme. Vi a sinopse e isso acabou pesando. Deixei de lado certo de que veria em algum momento. Mas sempre que o filme aparecia ja na homepage do streaming eu namorava e acabava declinando. Pelo menos até hoje. 

Acostumado a ter em meus vinte nove anos um corpo que nada me deveu, me vi em situação contrária há três meses. Meu corpo passou a me dever. E, ainda que eu esteja tomando as medidas que preciso para voltar a minha plenitude, o corpo ainda vai me dever por um bom tempo. Menos mal, então, que eu ainda posso voltar. Graças a Deus. Nessa mão, ficou evidente algo que, embora saiba, sempre custei a acreditar: a gente não dá conta de tudo sozinho — não precisamos estar sozinho e mesmo aqueles que tentam se fazer solos, tem por aí alguma alma que zela por estes (em silêncio as vezes!). 

Daí que o filme começa com Otto deveras rabugento e a gente vai tentando entender e se por no lugar dele. Tudo muda quando Marisol, uma imigrante, insiste em não fazer o que Otto tanto deseja: ceder a rigidez e afastar. E nisso o filme vai se desenrolando e mais do que tentar se por no lugar dele, se entende as causas e as angústias. Otto, já nos atos finais do filme cita a frase que trago para o post: para aqueles que sabem que fiz o que pude, tentei o meu melhor — algo assim. 

Oras, a gente tenta sempre deixar algo de bom para aqueles que amamos e claro, para quem nos dispomos a ajudar. E linkando com começo do post: fiz hoje, em 29 anos, o que pude: aos que amo e também aqueles que pude. Não esperando que fizessem por mim, mesmo porque, quando o fazem, parece ser eu um fardo, mas por tentar fazer o que posso. Se esses dias servem de lição, que bom então que vi o filme no momento exato de aplicação da mensagem que passa, ainda que, contar com a ajuda dos outros seja mais do que necessário, mas deveras difícil de aceitar não por tratar o outro como menos, mas por se enxergar insuficiente. 

Para A man who called Otto, nota 4. 

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