Anjos e flores

Sabem que as coisas cotidianas me pegam a vera. Aqui mesmo, nesse espaço, tentei contar pequenas coisas em anos anteriores. Ta tudo aí, é só rolar e verá.

Acontece que no último dia 25 de Abril, pensei que era uma boa concluir uma coisa que vinha planejando. Passei no mercado para comprar um chocolate para dar pra uma mulher lindíssima que conheci há algum tempo e pensei, também, que era uma boa pedida levar flores. Por se tratar de um mercado e não de uma floricultura, a oferta era limitadíssima e só havia uma planta com as flores abertas, e não estava na prateleira. 

Uma idosa, aparentemente uns setenta e cinco anos, a levava no carrinho. Parei e pedi o nome, para que procurasse: Ah, meu filho, é a Rosa do Deserto, mas essa era a única que tem flor. Se você quiser, pode levar. 

Pensei bem se pedia, de fato, ou não. Mas tratando-se da ocasião, revelei a ela o desejo de levar uma vez que era presente para uma outra mulher. Ela sorriu e me entregou a planta, dizendo que era uma boa escolha e que a moça certamente gostaria do presente (isso ainda não foi revelado, se ela gostou, esqueceu de dizer, hahaha!). Agradeci e perguntei a ela, então, se poderia dar nela um abraço.

Me desejou boa sorte e, com um terno sorriso, me disse: 

Que Deus abençoe você, meu filho, e que dê certo! Estou na torcida, felicidades! Deus abençoe os dois! 

Mas o que tem de tão especial nisso? É que nesses dias tão corridos, vai e vem de gente, a gente mal conversa com as pessoas em ambientes de convivência, e o que dirá em mercados. Menos ainda às 9h da manhã da terça feira. Posto pq acho que Deus tem um jeito todo especial de cuidar das pequenas coisas e, com muito carinho, coloca anjos no nosso caminho. As vezes não podemos vê-los. As vezes eles estão ali, esperando o primeiro contato. Tive a sorte de encontrar um deles na terça-feira. 

It's a Wonderful Life - viva Clarence!