Dando sequência as férias futeboleira, o destino foi Curitiba. E sim, sei que levei tempo para postar visto a data que estive na capital parananese, é que, andei meio ocupado.
Cheguei na quinta feira, 14 de Julho, em Curitiba. Quando agendei as duas viagens para as férias, pensei que encontraria, em Porto Alegre, uma gente meio azeda e pouco afim de papo, ou até mesmo uma cordialidade. Não aconteceu. Eu adorei Porto Alegre e quero, assim que puder, retornar.
Já tinha estudados os meios de ir do aeroporto ao hotel, bem no centro da cidade. Mas, chegando lá, poucas me foram as alternativas. Ou esperava por um ônibus que deixava num terminal no meio do caminho, para baldeação e depois o terminal que me deixaria perto do hotel, ou seguia para o centro de Uber ou Táxi. O tal do Ligeirinho, indicação em onze de dez guias sobre Curitiba, não existe mais desde a pandemia. O aeroporto curitibano é um verdadeiro deserto. Isso já era pro final da tarde, começo da noite.
Não tive muito pique pra fazer nada depois do check in no hotel, a não ser sair para comer e assistir, no celular, a segunda perna do choque rei decisivo na Copa do Brasil. Melhor pro São Paulo, que eliminou o Palmeiras.
Na sexta, dia “livre” de jogos, fui ao Jardim Botânico, confesso certo desanimo já que esperava algo realmente mais interessante, visto que o espaço é o principal postal da cidade. Pouquíssimo me agradou. Deu também para ir no interessantíssimo Parque Barigui e ver de pertinho as capivaras... Não que eu seja bicho do mato, mas vale lembrar que anos atrás a prefeitura de Curitiba ficou famosíssima na interwebs por explorar as capivaras e ao bom humor. Lá também tinha Carcará, primeira vez que vi de perto. Margeando o Parque está o Museu do Automóvel, que cobra R$10 o bilhete do visitante e conta com um acervo deveras interessante. A sorte, mesmo, foi encontrar o senhor que, outrora, fora presidente do clube e, então, abriu alguns veículos para mostrar e, claro, falou sobre a história. Tem dos clássicos como Fusca e Monza até os fórmulas, Indy e F1. Vale bastante a pena.
Já no sábado, pela manhã, foi tempo de ir ao Passeio Publico e descobrir, assim, ao acaso, que existe no espaço uma espécie de aviário, com avez bonitas e totalmente fora do meu cotidiano.
Pausa rápida aqui para dizer que, ainda na sexta, fui comprar o ingresso para um dos jogos, o duelo entre Atlético Parananese x Inter, pelo brasileirão. Não consegui ingresso para torcida local, que era, obviamente, meu grande interesse. Acabei comprando, com alguma dificuldade, visto que tive que ligar para a central do CAP um bilhete para o setor visitante, R$200 reais. Incrivelmente caro, as vésperas, mas como já estava por lá...
ATHLÉTICO PARANAENSE 0X0 INTERNACIONAL
Voltamos então para o sábado. Cheguei de mansinho na Arena da Baixada. Por descuido, não percebi o vacilo. Me preocupei em não vestir azul já que ia na torcida colorada. Mas descuidei e vesti verde, justamente a cor do rival dos locais. Mas já estava lá.
Os duzentos reais pareceram ainda mais caros quando percebi que veria o jogo exprimido. Foi uma das piores experiências que tive na relação custo/experiência. Veja bem, defendo que visitante não merece tapete vermelho. Muito pelo contrário, acho que os locais devem lembra-lo sempre de que, ali, não era para ele estar. Mas isso tem limite. A visão do campo é, no entanto, satisfatória.
Como procuro ver de perto o clima das torcidas, preciso pensar, também, que não era o melhor dos jogos para isso, mas friso, são frias. As duas. A do Inter conheci na local e na visitante, visto que, dias antes estive no Beira Rio.
O jogo? Um terrível zero a zero. Modorrento a vera! Ia passar num shopping saindo dali. Fiquei nas arquibancadas por algum tempo depois do jogo para deixar baixar a movimentação.
Na rua do único portão visitante, nada para comer a não ser um espetinho frio. Me arrisquei e me arrependi, lógico.
Resolvi ir na caminhada para o shopping, o que levaria uns trinta minutos. Circulando o Joaquim Américo, acabei encontrando a principal entrada do estádio. Lá, rolava uma espécie de evento, cheio de food trucks e etc. Parece ter sido mais movimentado antes do que depois, mas ainda tinha uma galera por lá.
Achei um pernil e ali parei para comer e me informei sobre as comidas de rua dos estádios por ali. Não tem pizza ou pernil, bom, não tradicionalmente como em São Paulo. Caminhei até o shopping pela noite curitibana meio vazia. Lá comi, comprei o imã de geladeira que minha mãe odeia como lembrança e voltei pro hotel.
PARANÁ 0X1 OESTE
Não deu pra achar uma promoção de aérea que combinasse o Couto Pereira e o Joaquim Américo. Mas segui vigiando a tabela da série D para saber se era possível ver o Paraná Clube. Na sexta, quando desci pra jantar no hotel, chegava a delegação do Oeste para se hospedar por ali. Enfrentariam o Paraná no domingo. Pela 14° rodada da quarta divisão nacional Paraná e Oeste mediram forças, o duelo marcou a derrota pela contagem mínima. Já na Vila Capanema descobri que o estádio foi sede do mundial de 50, o que achei deveras curioso. O clima, frio naquele domingo, e a campanha um tanto quanto medíocre dos locais, fez a presença de publico ser pequena. Ambulantes do lado de fora vendiam artigos e comidas, como espetos e cachorro quente. Nada gourmet do jeito que fora no sábado. As coisas como gosto que sejam. O ingresso? R$10. Ainda passei na lojinha para comprar uma camisa e trazer comigo como lembrança do Paraná. Adoro a combinação de cores.
Na arquibancada, me situei perto do corner. Dali pude observar a movimentação de torcedores comuns das organizadas, que fizeram uma festa muito interessante e mais movimentada do jogo visto no sábado. Muito que bem, os caras mandam até Titãs num repertório muito bom.
O jogo, bom... Um jogo de série D. Razoável. Já aos quarenta e quatro, em conversão de pênalti, os paulistas venceram o jogo.
Nas ruas desérticas que cercam o velho estádio, vi as pessoas deixando o estádio como quem já esperava por aquele desfecho. Demorou a chegar o uber, enquanto ambulantes desmontavam as coisas. Um clima igual ao da cidade, meio sem cor. Exatamente a impressão que tive de Curitiba e do Curitibano.
Se Porto Alegre ganhou meu coração, Curitiba me fez pensar em não querer voltar. Não é que a cidade seja ruim. Mas é um povo meio amargo com a vida mesmo quando a gente tenta ser gentil, um clima péssimo e uma cidade que, parece, nada cativa.
As férias futeboleira tiveram fim na segunda, quando voltei pra casa. Valeu todo esforço nesses dias e marcar essas novas canchas em duas outras capitais. É um prazer imenso viajar e se permitir viver situações como essa. Não sei ao certo quando terei novamente outras férias futeboleiras, mas já espero ansioso por uma nova oportunidade.
Até mais!
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